Suzuki EN125 Yes com 64 mil Km – Teste completo

Já faz quase 4 anos que comprei a pequena e valente 125 da Suzuki, e chegou a hora de falar um pouco mais sobre como a moto tem se comportado deste o último relato.

Já fiz outros 3 textos sobre a moto, testes da Yes com 200 km, com 12 mil e com 40 mil km. No último, fiz algumas reclamações sobre a qualidade dos componentes, mas de um modo geral, não cheguei a “não recomendar” a moto, pois eu entendia suas limitações e as minhas próprias, no trato da moto.

Resumidamente: Comprei a Yes 125 no final de 2008, pois queria economizar a “Bomba” NX4 Falcon que tinha na época. 1 mês depois, roubaram a Falcon, e a Yes ficou sendo a única moto da casa até o início de 2010, quando compramos a Lead da Luana. Hoje, mesmo com a V-Strom, mantenho a Yeszinha e uso diariamente, pois é com ela que eu vou e volto do meu trabalho.

Pois bem, com cerca de 50 mil km, o motor começou a apresentar um pequeno vazamento entre o cilindro e o cabeçote, e para sanar, tive que mandar plainar o cabeçote, além de trocar as juntas. Não sei por qual motivo isso aconteceu, talvez pela idade do motor. Mas desde que fiz isso, a moto roda sem problemas e sem vazamentos aparentes.

De lá para cá, a manutenção dela tem sido basicamente a troca regular o óleo e filtro, e as pastilhas de freio, que realmente duram muito pouco. Também troquei um casal de pneus e o para-lama dianteiro, que rachou ao meio em um dia qualquer.

E recentemente, fiz uma reforma geral na moto, trocando diversas peças, entre elas:

  • Caixa de direção
  • Disco de freio dianteiro
  • Vela de ignição
  • Amortecedores traseiros
  • Buchas e eixo da balança
  • Lampadas do painel
  • Lampadas do pisca
  • Relê de pisca
  • Cabo do acelerador
  • Discos de embreagem

O amortecedor traseiro é um caso a parte e merece ser comentado. Eu sempre achei a moto muito instavel e desconfortável, e sabia que o principal problema dela é justamente o amortedor. Depois descobri que além dos amortecedores ruins, as buchas do eixo da balança também estavam bem gastas, o que criava uma folga no quadro elástico e complicava ainda mais fazer qualquer peripécia com a moto.

Eu já havia tentado usar os amortecedores da YBR, que são um pouco maiores. No início achei ótimo, mas a falta de ajustes na moto acabou inviabilizando o uso. O parafuso inferior do amortecedor direito sempre raspava no cano de escapamento, além disso, pelo fato da moto ter ficado muito alta dificultava usar o cavalete central e o lateral, pois não tinham altura suficiente.

Na época acabei tirando, mas agora resolvi colocar de novo, e fazer as adaptações necessárias para que tudo fique certo. E o resultado ficou excelente. A moto ficou mais alta, mais macia, mais firme e confiável.

O que fiz foi criar um vinco no cano de escape original, para permitir que a porca inferior do amortecedor passe por ali sem dificuldades, além de alongar os cavaletes central e lateral para compensar a nova altura.

Fora isso, o de sempre: Troca de óleo das bengalas, troca de pastilha de freio, lona do freio traseiro (segunda troca desde 0km), limpeza do filtro de ar, carburador, regulagem de válvulas e reaperto geral. A bateria ainda é a que veio com ela nova, e já está fazendo hora extra, mas ainda não demonstra sinais de cansaço. Os rolamentos das rodas também, foram verificados e ainda estão longe de ficarem ruins. O motor é outro exemplo de resistência… Fora o pequeno vazamento, que foi facilmente solucionado, nenhum problema. A compressão continua boa, o motor de arranque continua bom, o desempenho e a economia também continuam os mesmos. E olha que eu não dou sossego pra esse motorzinho.

A moto é boa, nunca me deixou na mão (exceto quando eu caí em Jaraguá do Sul, mas ai a culpa foi minha), e tem me atendido muito bem nesses quase 4 anos de serviço, mesmo eu não cuidando tão bem dela. Continua não sendo confortável como espero, mas em troca ela me dá um custo operacional baixíssimo, tranquilidade para estacionar sem medo de ser roubado, além de ter custado bem mais barato do que as concorrentes na época em que comprei.

Se eu penso em trocar por outra mais nova? Não. Como falei desde o primeiro teste, pretendo usa-la até ela acabar. Acontece que ela está durando mais do que eu imaginei que duraria, e se tiver que escolher entre essa moto ou outra moto pequena, fico com essa que já conheço. Enquanto ela estiver funcionando bem, vou usando.

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