Financiamento de motos

Depois do post sobre o consórcio de motos, vou falar um pouco mais sobre o financiamento, uma das formas mais comuns de se comprar uma moto.

O financiamento de motos é feito por instituições financeiras, geralmente bancos. O banco empresta dinheiro para o interessado comprar a moto, e usa a própria moto como garantia de pagamento do empréstimo. Ou seja, a moto é do banco até que o empréstimo seja totalmente pago. Depois de pagar, então a moto finalmente é transferida para o real proprietário.

A principal vantagem do financiamento é que o dinheiro fica disponível imediatamente, em poucos dias (as vezes, horas). Permitindo que se retire a moto em pouquíssimo tempo, diferente do consórcio, onde você está preso ao procedimento de sorteio e lance. A desvantagem é o preço, que geralmente é bem maior do que o das outras modalidades de crédito.

Taxa de juros

O banco cobra juros pelo empréstimo do dinheiro. Geralmente, os juros do financiamento são mais baixos do que o do empréstimo pessoal, pois como o banco possui um bem como garantia (a moto), o risco do empréstimo diminui. Esse juro é o lucro do banco quando te empresta dinheiro. Geralmente o juro é aplicado sobre o prazo do financiamento, ou seja, quanto mais tempo você levar para pagar o empréstimo, mais juros terá de pagar.

Supondo que uma moto custe 10 mil reais, e você vai paga-la em 36 meses, com taxa de 2% ao mês. Você pagará então 36 parcelas de R$ 392,33, que totalizam R$ 14.123,83. O banco então vai lucrar R$ 4.123,83. Praticamente 40% do valor da moto. Caso o financiamento seja feito em 12 meses, serão 12 parcelas de R$ 945,60, que totalizam R$ 11.347,15. O Banco vai lucrar bem menos, porém, a parcela fica bem maior.

Caso queira simular um financiamento, use o simulador abaixo.

Simulador de financiamento

Valor a financiar R$
Taxa de Juros (Ao Mês)   %

Inadimplência

Caso o cliente do banco atrase as parcelas do pagamento do empréstimo, o banco tem alguns meios para tentar reduzir o prejuizo. Geralmente, o procedimento é o seguinte:
1) Eles ligam para o cliente e tentam obter uma previsão de pagamento… É uma forma de “lembrar” que o cliente deve, e então cobra-lo.
2) Eles incluem o CPF do cliente em cadastros de inadimplentes, como o SPC e SERASA. Assim o cliente não consegue mais fazer novos empréstimos, e perde os créditos que já tinha antes.
3) O banco envia a cobrança para um escritório de cobrança terceirizado. Este tem uma abordagem mais agressiva e fica ligando para o cliente o tempo todo, cobrando a dívida com juros, multa e mais os honorários deles. Geralmente a parcela dobra de valor neste caso.
4) Se o banco ainda não conseguiu receber, então eles acionam a polícia civil para reaver o bem em garantia (no caso, a moto). Este procedimento é chamado de busca-e-apreensão. Alguém vai até a casa do cliente para retirar a moto. A moto é então levada para um local onde será leiloada. A moto passa a constar como busca-e-apreensão no detran e se por acaso for parada em alguma blitz, os policiais podem apreende-la.
5) O valor obtido com o leilão da moto serve para abater da dívida do cliente. Porém, é muito comum que a dívida do cliente seja maior do que o valor obtido no leilão, então o cliente fica sem moto e ainda deve ao banco.

Transferência de moto financiada

Como a moto é do Banco, então para transferir de uma pessoa para outra, é necessário que o Banco aprove a transferência, pois o financiamento também é transferido. Para transferir, a pessoa que está recebendo a moto deve ter o nome limpo e sem restrições de crédito, além de renda comprovada para assumir o financiamento.

É isso ai! Caso tenha dúvidas sobre financiamento de motos, deixe um comentário e eu tentarei responder!

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