Como recuperar uma moto roubada

Longe de mim ser expert neste assunto, afinal de contas, ainda não encontrei a Falcon que me roubaram em 2008, mas de qualquer forma, o assunto é quente então acho que vale a pena trazer aqui para o Blog.

Se você não estava em baixo de uma pedra no último mês, sabe que houve (e ainda está havendo) uma guerra entre a polícia estadual do Rio de Janeiro junto com a Polícia Federal e o Exército contra os traficantes das favelas do Morro do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro.


Nesta operação de guerra, a polícia encontrou (entre outras coisas), mais de 420 motos roubadas. Essas motos eram usadas pelos funcionários do tráfico para suas atividades ilegais. A maioria das motos não possui placa, e em algumas, até mesmo os números do chassis e do motor foram raspados, impossibilitando assim a identificação da moto e seu real proprietário.

Apenas para constar, se você acha que sua moto está entre essas que foram roubadas, você pode tentar recupera-la! Quem sabe o papai noel não sorri para você? Vá com os seus documentos e os da moto até a Avenida Duque de Caxias 334, Deodoro, Rio de Janeiro, RJ, ou ligue para 0800-707-2846.

Mas ainda que sua moto não esteja entre estas, existem outras formas de facilitar que a sua moto encontre o caminho para casa. A primeira, é óbvia, fazer o boletim de ocorrência. Eu até fico inseguro em dar este conselho, pois quando roubaram minha moto, eu fiz o BO e 15 minutos depois, me liga um sujeito de algum presídio em Goiás, dizendo que estava com a minha moto e que queria um resgate para devolve-la. Certamente a informação vazou da polícia, mas ainda assim, o BO é necessário, pois se essa moto for usada em algum crime ou se envolver em algum acidente, é você que será procurado e terá de dar explicações, e o BO salva sua pele nessa hora.

Muito bem, uma vez que fez o BO, é prudente avisar aos amigos e parentes, principalmente os que entendem um pouco mais de moto a ponto de poder reconhecer a sua na rua. É bom você sempre andar com a chave da moto também, para o caso de eventualmente ela aparecer na sua frente, você ter condições de tentar recupera-la por si só.

Outra atitude a ser tomada é cadastrar sua moto no cadastro nacional de motos roubadas, da Campanha Basta. Lá você informa a placa, número do chassis, nome, local do roubo/furto e seus dados de contato. O legal é que o site é indexado pelo Google, então qualquer pessoa que pesquisar pela placa ou pelo número do chassi, poderá lhe encontrar e entrar em contato com você.

Um amigo meu, do Rio de Janeiro inclusive, teve sua CB500 roubada em 2007. Foi assaltado e roubaram os capacetes (dele e da namorada) e a moto. Era uma noite de Domingo quando aconteceu. Na segunda-feira cedo, ele resolveu que subiria todos os morros de todas as favelas para perguntar por lá pela moto. Uma atitude insana na minha opinião, mas no fim ele conseguiu encontrar o “dono da boca” que ficou com a moto, e comprou ela de volta por R$ 1.500,00 sem muitas avarias. Um bom negócio (se é que se pode chamar assim).

Existem outras formas de tentar recuperar a moto, como o uso de rastreadores como o Car System ou o Ituran. Geralmente essas empresas de rastreamento tem algum tipo de “contrato” com a polícia, então eles fazem a parte “burocrática” para fazer a polícia ir até o local onde a moto está. (Afinal de contas, você não vai lá pedir ao ladrão a moto de volta, não é mesmo?). Existem também aparelhos auto-rastreáveis, que você instala na moto e você mesmo fica responsável por operar o sistema de rastreamento, sem depender de uma empresa especializada, e sem pagar mensalidade. O problema é que quando você precisar notificar a polícia, pode acontecer de eles estarem muito “ocupados” e não serem capazes de te atender em tempo hábil.

O melhor mesmo é ter o seguro. Com o seguro, você pode entregar a moto ao ladrão em caso de assalto, e ficar despreocupado em caso de furto, pois você não vai precisar ir atrás dessa gente. Mas infelizmente, esta não é uma realidade para a maioria das pessoas. Nos grandes centros urbanos, as motos pequenas simplesmente não tem seguro porque as seguradoras não assumem o risco. Para as motos maiores, os valores são exorbitantes, pois o risco é muito alto. O problema é ainda mais grave entre as motos que os ladrões preferem: Esportivas e Nakeds.

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